domingo, 29 de abril de 2007

TREINADOR DE BANCADA

O jogo ainda não acabou, faltam 12 segundos, mas o que é que se passa, abandonaram o ringue???? Não posso crer no que vejo. Bem recapitulando, aqui estou eu sentado na minha bancada a ver mais um jogo de hóquei neste caso no escalão de iniciados, entre a equipa A e a equipa B, apitado pelo Sr. X. Um jogo viril, disputado aliás como é apanágio entre estas duas equipas. A bancada está cheia de adeptos de ambas as equipas que incentivam os miúdos a jogar e a dar o seu melhor, lá dentro a bola rola de um lado para o outro, jogada cá jogada lá e o arbitro lá vai apitando umas vezes bem outras vezes mal, no entender dos adeptos das equipas, claro. Eu vou conversando com o espectador do lado, adepto da equipa A, deduzi eu pela forma como se manifesta quando a bola está no stick dos atletas dessa equipa, de repente o arbitro mostra um cartão azul, marca uma falta a favor de uma das equipas, e o ambiente dentro do ringue que já fervia após a validação do terceiro golo da equipa A, entra em completa ebulição e os jogadores da equipa B abandonam o ringue a 12 segundos do fim do jogo. Olhei em redor para a bancada, os adeptos esgrimiam argumentos, no recinto de jogo o árbitro aguardava o regresso dos jogadores da equipa B para terminar o jogo, mas não houve regresso e o árbitro deu o jogo por concluído.
Agora pergunto eu, simples adepto da modalidade:
- O que leva uma equipa a abandonar um jogo antes do termo do mesmo?
- Mesmo que a equipa esteja a ser lesada, não deverá terminar o jogo e apresentar protesto em sede própria?
- Nestas idades uma decisão destas não terá repercussão no atleta e na maneira de ele encarar outros jogos que venha a ser dirigidos pelo mesmo árbitro?

13 comentários:

Unknown disse...

Campeonite.

Uma doença feroz que ataca em todos os campos.

Tem cura com um remédio.

Desportivismo.

Anónimo disse...

Além da campeonite temos ainda a clubite: afecta os representantes dos clubes mais ligados a certos objectivos (sempre visando ganhar, ganhar, ganhar), mas também os adeptos.
Estes, apesar de muitas vezes não perceberem muito bem o que se passa dentro de campo, pegam nos comportamentos dos atletas e multiplicam-nos. O facto de os jovens viverem sob o efeito das hormonas que sobre-estimulam os seus comportamentos (numa fase de construção das suas personalidades), deixa-os altamente susceptíveis à evolução e devolução de condutas que muitas vezes foram eles próprios a fomentar sem perceberem.
Tais comportamentos, mais sentidos nuns desportos - futebol e hóquei - do que noutros, adicionados às especulações sobre (e ocasionais confirmações de) situações de bastidores, alimentam pré-disposições que funcionam como palas até das pessoas mais integras.
Cabe principalmente aos treinadores (modelos, líderes e no último caso… agentes com poder disciplinador) proteger e exemplificar formas de estar com atitudes constantes e correctas, mesmo que se estejam a roer por dentro.
A saída antecipada não passa da chegada a um ponto que os responsáveis não conseguem tolerar (diga-se… manter o discernimento), optando por tomar caminhos radicais. Embora tenha mais impacto, a saída do campo não é mais do que uma atitude irreflectida e, como qualquer atitude irreflectida, não defende eficazmente os interesses do clube.
Nestas e em quaisquer idades não é preciso uma situação desta grandeza para “marcar” os árbitros. A forma de estes voltarem a cair nas boas graças seria o favorecimento. Mas como isso não é possível nem desejável, terá de se esperar que o tempo e a fraca memória das pessoas de hoje enfraqueçam esse grande amor.

Anónimo disse...

Escrito da forma como é descrito, o referido jogo, além do cinismo de quem escreveu, uma vez que é claro que não assitiu ao que se passou no referido encontro,( porque se assistiu, claramente viu tudo menos o que é REAL, no encontro em causa), mostra total desprezo pelos elementares valores desportivos, assim como total incapacidade de qualquer tipo de interpertação sobre aquilo a que chamamos FORMAÇÃO. Quanto a Campeonite, respondendo ao Sr. Caiano, devo recorda-lo sobre o que se passou num determinado encontro de Infantis no mesmo Pavilhão onde decorreu este jogo. A que chamará o Sr. sobre a não realização do jogo de Infantis, que daria derrota aos dois clubes , e que tão sábiamente a nossa Associação, deu a entender que a data do jogo tinha sido alterada, pervertendo a verdade desportiva? Não queiram é fazer responsáveis de Clubes passar por Tolos, porque embora não sendo doutores na matéria, tem massa cinzenta para analizar e responsabilizar-se sobre as envolvências do jogo e decidir aquilo que acharem melhor para os seus atletas, independentemente do resultado em causa. Não pactuamos é com compadrios, e curiosamente, até seria engraçado se os Responsáveis da Associação levassem à letra aquilo que os regulamentos da FPP determinam, porque provavelmente haveria por aí alguns Clubes, e agentes desportivos com reponsabilidades na Formação, que ficariam com as orelhas a arder( e multas também).Mas como vivemos numa história de faz-de-conta, deixemos desenrolar a referida história para vermos que final terá .

Anónimo disse...

Caro anonimo das 23:03
Não vejo qualquer cinismo, nem desprezo pelos elementares valores desportivos, como diz, vejo apenas um texto, de leitura acessivel, onde o autor teve o cuidado de não referir nomes nem de equipas, arbitro ou local da realização do mesmo, e onde apenas quem assistiu ao jogo poderá fazer juizo do que realmente se passou, o que autor quer é resposta para as perguntas que deixou no ar. Para quem não viu o jogo que é o meu caso fico com a nitida impressão que é adepto, para não dizer que está directamente ligado á equipa B.
Para o autor do texto acho que se devia identificar, pelo menos existiria um rosto visivel por detrás do tal treinador de bancada.

Anónimo disse...

Ora este é o segundo artigo do Treinador de Bancada e, como nunca foi revelada a sua identidade, assumi que fosse o administrador. Se não foi, estamos sujeitos a comentar posts com segundas intenções (como parece ter sido este caso). Acho que, se não se tratar do administrador, a identidade terá de ser revelada porque para anónimos já bastam os comentários...
E também há aquele "Espaço Aberto"... né?

Cartão Azul disse...

Como o Sr. Guilherme Noronha assumiu, e assumui muito bem, os artigos do Treinador de Bancada, são da autoria do administrador do blog, daí não serem assinados, qualquer outro artigo que seja colocado neste espaço, cuja autoria não seja o do administrador terá o nome do autor, pois como disse e muito bem o Sr. Guilherme para anónimos já bastam alguns comentários.

Anónimo disse...

fui um dos que presenciei este jogo! simplesmente lamentavel a atitude da equipa do sp.tomar! seu treinador..seus dirigentes.. deram um mau exemplo! muito triste! se o arbitro errou..foi para os 2 lados..numca em favor da equipa da casa! alias..quem o conhece..e visto ser de ourem..em caso de duvidas lesa sempre o clube da sua terra! agora..um clube com a tradiçao que o sp.tomar tem..nunca em caso algum podera ter a postura que teve.

Anónimo disse...

Geralmente a culpa é dos árbitros mas julgo serem estes os unicos com formação e obrigados a testes e reciclagens todos os anos os treinadores após o curso acabou dirigentes e jogadores nem falo mas a culpa é e será sempre do árbitro esses malandros deviam sair da modalidade e entregar os jogos a quem sabe que deve ser dirigentes e adeptos.
Saudações de um adepto que não percebe nada de hoquei.

Anónimo disse...

Caro Treinador de Bancada,
Antes de mais, os meus parabéns pelo artigo. Digo-o sem cinismos porque o senhor, além de mostrar gosto pela modalidade, colocou de forma correcta a questão que importa discutir e que, pelos vistos,passou ao lado da Associação de Patinagem do Ribatejo e dos outros agentes envolvidos no problema.
O que leva uma equipa a abandonar o recinto de jogo a 12 segundos do fim? Mau perder...será!? Ou será que se passou algo mais GRAVE?
Se alguém neste momento poderá explicar as razões do sucedido, sou eu Jorge Cosme, treinador da equipa de Iniciados do Sporting de Tomar.
Não é meu timbre vir responder em blogs a assuntos que já foram alvo de análise dentro do Clube, mas que por deficiente e displicente tratamento da Associação de Patinagem do Ribatejo põe em causa o meu bom nome, o dos meus atletas e o da Instituição que sirvo obriga-me a fazê-lo desta forma.
Para esclarecer alguns "espíritos mais iluminados" o abandono teve como base a salvaguarda da integridade física e emocional dos meus atletas.
Explicar tudo o que se passou seria exaustivo e, como já referi,isso foi feito junto do Clube e das Entidades competentes.
Mas agora questiono os Paladinos de VERDADE e da ÉTICA Desportiva. O que é que fariam se num jogo em que o treinador e os seccionistas da equipa adversária começassem a partir de determinada altura, a fazerem gestos obscenos na direcção da claque visitante e ao longo de todo o jogo a solicitarem a dois elementos da equipa para entrarem sistematicamente à margem das leis?
Além de não se coibirem de o fazer na nossa proximidade a linguagem utilizada foi sempre "parte esse filho da p.../ cabr.. todo".
Realmente as coisas foram de tal ordem que um deles foi expulso, e o outro conseguiu dar uma cacetada tal num atleta meu que, passado oito dias, o quadro clínico apresentado é uma tendinite aliada a uma lesão no menisco com prognóstico bastante reservado. Ainda não se sabe quando é que pode novamente competir.
A doze segundos do fim, o mesmo jogador, aplica mais uma carga de tal forma violenta que se o meu atleta em vez de ter chocado na rede o tem feito na tabela ou no varão tenho a certeza que a lesão seria bem mais grave do que a
do colega.
A aliar a este estado de coisas o beneplácito do árbitro e os seus erros, provocaram nos meus atletas graus de emotividade e medo que era difícil de controlar em termos de respostas que viessem a dar no final do jogo perante outro tipo de provocações.
E aqui, senhores Paladinos é preciso voltar novamente a relembrar que se tratavam de crianças com 13 e 14 anos de idade e não de competidores mais velhos com outro suporte mental. Além disso, o que é que estes miudos fizeram para merecerem este tratamento e consideração por parte dos responsáveis no banco da Juventude Ouriense?
Devo sublinhar que os restantes atletas da Juventude Ouriense assim como o elemento que esteve no cronómetro têm da minha parte a admiração e o respeito pela forma como se comportaram em campo.
Para terminar sr. Caiano Silvestre, aqui no Sporting de Tomar e ao nível da equipa de Iniciados, a única campeonite que temos é respeitar os árbitros, os adversários e jogar o jogo pelo jogo. A derrota (aqui) tem o mesmo espaço que a vitória e o empate. O que nos norteia (aqui) é o prazer de jogar (bem se possível) e crescer adquirindo valores éticos e morais para a vida.
Quanto ao anónimo de 30/04/2007 se a visão daquilo que viu é o que escreveu então...está tudo dito!
Vergonhoso seria quando a Juventude Ouriense vier disputar o jogo a Tomar eu ofender a honra e dignidade dos pais dos jogadores da Juventude Ouriense e tanto eu como os elementos seccionistas incitassemos os jogadores a agredirem os seus colegas adversários.
Vergonha seria ganhar com os argumentos utilizados pelo treinador da Juventude Ouriense. Se isto para si representa a Verdade Desportiva e acha natural que as coisas funcionem desta maneira então fique com a sua postura que eu tenho muito orgulho na minha.
Para terminar, agradeço uma vez mais a oportunidade que o Cartão Azul me deu, para eslarecer o sucedido e deixar claro que não irei alimentar mais polémicas sobre o assunto.
É que estamos calma e alegremente a preparar os jogos que se avizinham e que esperamos ganhar (mas não de qualquer maneira).


Jorge Cosme
Treinador da Equipa de Iniciados do Sporting Clube de Tomar.

Anónimo disse...

Perante tudo o que foi escrito, só queria alertar para uma ideia:

UM JOVEM (neste caso 13-14 anos) não é UM ADULTO em miniatura, assim
o TREINO de Jovens, não é em nada um TREINO de ADULTOS miniatura. UM JOGO de Jovens, não devia ser em nada um JOGO de ADULTOS.

HÁ muito mais no treino de Jovens que um simples JOGO.

GUERRAS entre Treinadores de Jovens??? que moral é transmitida a esses jovens? que na vida, o mais forte/bruto é quem vence? mas vence o quê? um jogo! bolas, não me parecem estes valores dignos de serem tranmitidos a jovens em crescimento, mais greve em FORMAÇÃO.
Que belas SEMENTES estão a ser regadas....

Anónimo disse...

É realmente engraçado e de um cinismo dramático o que este senhor, treinador dos iniciados do Sp. Tomar vem para aqui dizer e lamentar-se de algo que aconteceu aqui em ourém, quando no jogo em casa com o santa cita, até golos marcaram com jogadores da equipa adversária no chão a contunderem-se com dores depois de uma agressão. Enfim....lamechas. Lembre-se do passado para falar do presente.

adepto atento

Anónimo disse...

sr.cosme.. devia era perceber o porquê de os seus jogadores sofrerem um golo e começarem a chorar. devia era de perceber porque pais dos seus atletas se queixam que os seus treinos sao uma autentica vergonha. devia era perceber porquÊ o facto de o treinador do ourem se tenha enervado na posiçao de vencedor..ou voce nao sabe,ou nao ouve,o que uma mae de um atleta seu chama a toda a gente quando ve um jogo do filho!!? sr cosme.. tem que perceber que foi vergonhosa a sua postura ao mandar retirar os seus atletas de ringue a 12 s do fim. nao será por acaso que o sr tem guia de marcha.. um abraço

Anónimo disse...

Oh Cosme deixa-os falar é só INVEJA!
A cada jornada que passa deixas sempre uns quantos na bancada com azia mas não te importes que esses são treinadeiros de bancada.
Força, continua a fazer a diferença.

alguém que os topa a todos