segunda-feira, 13 de agosto de 2007

ESPAÇO ABERTO

Todas as épocas, jovens atletas abandonam a modalidade, motivados por algo ou por objectivos que pensam não serem possíveis atingir enquanto praticantes da mesma. Durante os anos em que fui seccionista constatei esse facto tanto no clube onde me encontrava, como nos clubes da região, o que em certas situações me causava um misto de surpresa e tristeza, pois o atleta em causa tinha grande potencial e com o devido acompanhamento técnico vingaria não só a nível distrital como teria a porta aberta para “voos” mais altos. Este abandono fica a dever-se a vários factores de entre os quais destaco:
- Começar a praticar outra modalidade com maior visibilidade (futebol p.ex)
- Não fazer parte dos chamados titulares
- Pressão por parte dos pais em virtude do ponto anterior
- Treinador
- Não evolução na modalidade em relação aos restantes elementos da equipa
É claro que isto são apenas algumas de inúmeras razões que levam o atleta a abandonar a modalidade, e que se reflecte na prática da mesma, com cada vez menos clubes na Associação (formação apenas oito, quando há uns anos atrás o distrital de Iniciados tinha 12 equipas), menos atletas, e por conseguinte menos competitividade, menos espectadores, etc.
Gostaria que os visitantes dissessem de sua justiça, enumerando os motivos que acham que levam os atletas a deixar o hóquei e quais as medidas que deveriam ser tomadas a nível da Associação para revitalizar a modalidade.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ao ler o tema do espaço aberto de hoje, fui aos meus arquivos (que vou guardando das visitas que faço á blogsfera) e encontrei este texto que acho excelente e que fala das causa do abandono de um jovem atleta neste caso o futebol, mas que de certeza é o rosto de muitos jovens atletas que abandonaram o hóquei, e como diz o post é uma das razões desse mesmo abandono "O treinador"

Conclusão da carta ao ex-treinador
"... agora que tenho pena de não ter conseguido vingar no futebol. Teria gostado bastante. Até era capaz de ter ajudado a equipa.
Mas, por sua causa, fiquei contra a modalidade, mesmo sem nunca ter conseguido entrar verdadeiramente nela. Um pouco mais de treino e um pouco mais de encorajamento e quem sabe o que eu seria capaz de fazer? Sinto um grande desgosto de nunca poder responder a esta pergunta!
Sei que o senhor continua a treinar. Quantos praticantes como eu, com algumas potencialidades, mas atrasados um ou dois anos face aos restantes em termos de maturidade biológica, o senhor vai este ano desencorajar? Quantos deles irão ser, tal como eu, motivo para algumas das suas piadas?
Tenho muita pena! O senhor está numa posição em que pode fazer bem a muitos jovens. Porém, tenho dúvidas que o consiga vir a fazer. Nunca vai perder uma oportunidade que seja para mostrar quanto é uma pessoa importante, que é capaz de gritar com todos para tentar impor respeito, pensando que ensinar é apenas isso.
Hoje, tenho a certeza que está profundamente errado."

(Larry Brooks, em Scholastic Coach, Janeiro de 1976, New york . in: Treino de Jovens. o que todos precisam de saber! CEFD, 1999, pág. 45)

Extraido do blog "Patinado"
http://patinado.blogspot.com/2006_04_01_archive.html

Cartão Azul disse...

Ao Sr. Horácio Rodrigues

Obrigado por partilhar connosco este texto, e também por ser um dos visitantes do Cartão Azul.

Aproveito também para convidar os visitantes a darem "um saltinho" ao blog "Patinado" www.patinado.blogspot.com e "vasculharem" os arquivos do mesmo porque vão encontrar de certeza muitos artigos do vosso agrado.

Para terminar um abraço ao Francisco Mendes (Patinado) e espero que as novas funções (Pai) estejam a decorrer dentro da normalidade e já com grande á vontade e que a pequena Elisa se sinta a "jogar em casa" sempre que o Pai assume "o comando do jogo", e tenta jogadas como "dar banho", "mudar a fralda", entre outras.

PATINSLOVER disse...

Gostei bastante da carta, proposta leo Sr. Horacio. Parabéns.

Outra das razões do abandono de muitos atletas, é a entrada em competição muitas vezes prematura, por falta de atletas no clube.

Os jovens vão para o rinque sem estarem devîdamente preparados, levam cabazadas e acabam por abandonar.

O Hóquei em patins não é um desporto fácil e há alturas para tudo.

Cada coisa em seu tempo.

Mas nestes casos, não me parece que a APR possa fazer muita coisa. São os clubes que têm que ser, ás vezes, um pouco mais responsáveis.