quinta-feira, 3 de abril de 2008

DIFICULDADES ECONÓMICAS ASSOLAM ESCOLA LIVRE

“Quando batermos às portas a pedir, ajudem-nos porque por pouco que nos dêem já vão ajudar a Escola Livre”. Este pedido do tesoureiro do clube, na última assembleia, expressa bem as dificuldades financeiras que a Escola Livre de Azeméis está a passar.No final de 2007, o clube apresentou um saldo negativo de 7.700 euros, tendo sido necessário um empréstimo de 10 mil euros de um director para fazer face às despesas. “A Escola Livre já está a viver de empréstimos de directores”, frisou António Soares antes das contas serem aprovadas por unanimidade.Num período de festa e alegria para o clube, o vice-presidente lamentou que continuem a ser sempre os mesmos a presenciar as assembleias. “É preciso que apareçam e ajudem-nos a arranjar dinheiro para a Escola Livre”, reiterou Leonel Martins.

Jogadores rejeitados lutam para campeões na ELA
A Escola Livre já garantiu a subida à II Divisão do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins, estando agora a lutar pelo título de campeão nacional da III Divisão. Na assembleia que se realizou na passada sexta-feira, Ricardo Bastos, presidente da Assembleia, exaltou este feito e acrescentou que “não é mais do que repor a verdade, porque a equipa não devia ter descido de divisão na última época”.No dia da assembleia, 28 de Março, fez um ano que foi declarado morto Carlos Julião (Mané), o atleta da Escola Livre que faleceu vítima de um acidente de viação. “É com pesar que estou nesta assembleia a pensar no jogador. Passado um ano, o Julião não está esquecido. Está no coração dos jogadores e da direcção”, recordou o tesoureiro, António Soares.

Este director enalteceu a qualidade dos jogadores da Escola Livre que, logo na primeira fase, asseguraram o regresso à II Divisão. “É uma equipa de jovens que não foram aproveitados noutras equipas seniores e aqui mostraram que têm valor”, reconheceu António Soares, explicando que uma das razões de existência da Escola Livre é para dar oportunidade aos jogadores que não têm lugar noutros clubes. O tesoureiro agradeceu aos jogadores que estão a dignificar a camisola da ELA, bem como aos seus pais que têm acompanhado o clube, um gesto que foi aplaudido pelos restantes presentes na assembleia.

Críticas à Federação de Patinagem
As críticas à actuação da Federação Portuguesa de Patinagem voltaram a ouvir-se na assembleia da ELA. Depois de ser a Federação a ganhar com a transferência dos jogadores em vez dos clubes que os formam, agora este organismo quer “passar multas por tudo e por nada”, como o vice-presidente salientou. Leonel Martins afirmou que isto vem complicar a situação dos clubes em termos financeiros. “Assim eu não sei como vai acabar o hóquei em patins”, lamentou o dirigente, explicando que o clube acabou com as equipas da formação porque daí não tirava resultados.Leonel Martins questionou ainda o porquê da necessidade de dois árbitros para esta fase final do Campeonato, quando na fase regular da prova ”tivemos jogos importantíssimos” e era só um árbitro a apitar. “Agora é para gastarmos mais 200 euros com os árbitros”, criticou Leonel Martins.

Ana Catelas, in Correio de Azeméis
Foto: Escola Livre

1 comentário:

Anónimo disse...

Um àrbitro sozinho não vê toda a porrada que alguns sarrafeiros que aí se arrastam dão!!!!

Apesar de tudo, um grande clube.