quinta-feira, 2 de julho de 2015

PAPARUCO O COMENTADOR

"Ganhou-se o bronze, e com uma ou outra mexida uma equipa"



Terminou mais um Mundial, desta feita em França e para não variar Portugal não conseguiu o longínquo feito de Oliveira de Azeméis em 2003 e deixou o caneco fugir, desta feita não para o "vizinho do lado", mas para a terra das Pampas.

Regressado de umas férias que tiveram como pratos principais o casamento do meu sobrinho João e uma escapadinha ao Alentejo para "me ligar à corrente e carregar baterias", mas sempre com o hóquei presente, sem o demonstrar neste espaço (invadido por noticias quase todas iguais do que se passava em terras gaulesas) e a  acompanhar do primeiro ao ultimo minuto o Mundial e tirar as minhas ilações algumas das quais já expressas em crónicas anteriores.

Luís Sénica começou a renovação da equipa em Angola e continua a fazê-lo a começar logo por só levar dez jogadores ao invés dos onze que levou a terras Africanas, e ciente que em cada um de nós existe um seleccionador/treinador, mas sendo a liberdade de expressão ainda gratuita e sem ter de ser declarada ao fisco, continuo a achar que por alguma razão se continua a cometer alguns erros que vão dando lugar a medalhas de bronze e por vezes nem essas em vez da ambicionada medalha de ouro.

Em primeiro um Mundial por muito mau que seja, por má que seja a forma e condição física das equipas nunca é um Torneio de Montreux, é sempre melhor, mais competitivo e sobretudo mais difícil e tem de se olhar para o mesmo de outra forma e apelar à experiência para construir uma equipa que dê títulos e notoriedade a um país e não a uma equipa para projectar alguém ou deixar alguém de reconhecido valor de fora, seja por isto ou por aquilo, pois uma competição deste nível não se compadece com teimosias, birras ou afins seja da parte técnica seja da parte dos jogadores.

E muito se falou nos sites, blogs redes sociais e afins acerca da convocatória para este Mundial, pois todos concordam com a maioria das escolhas mas depois há outras que não se compreende nem a convocatória, nem a não convocatória e esta é a minha opinião:
- Convocar um guarda-redes (sem pôr em questão o seu valor, pois têm) que foi suplente uma época inteira só por dá garantias nas bolas paradas, mas no entanto não "belisca" minimamente a titularidade do Girão. A lógica e a experiência não teriam apelado à convocatória do Ricardo Silva (que fez uma época a todos os níveis excelente) ou o Nelson Filipe (rendeu o Edo Bosch durante o seu castigo de forma exemplar).


- Deixar em Portugal o melhor marcador do campeonato de seu nome Luís Viana que só esta época apontou 64 golos nesta prova, e na época passada 77 golos é no mínimo estranho e se foi pela idade, (pois a Argentina tinha lá "velhos" e foram campeões cravando meia-dúzia no até aí eternos campeões), como se diz na Marinha "foi um tiro nos pés".

- Jogar feio e ganhar (o pessoal não gosta, não aceita), jogar bonito e perder (o pessoal não gosta), jogar bonito e vencer (o pessoal gosta), mas não viu, apenas no jogo com a Áustria se delinearam algumas jogadas de "encher o olho", de resto viveu-se do génio do Gonçalo Alves e do Hélder Nunes, que na minha opinião mereciam mais minutos de pista, e do João Rodrigues a provar os dotes de goleador assim como Rafa que também merecia mais tempo em pista, mas frisando o que disse no inicio em cada um de nós há um treinador.

Para finalizar acredito piamente que ganhamos uma equipa de futuro e que certamente os títulos Europeus e Mundiais voltarão à vitrina da FPP, mas é preciso paciência (e nós adeptos temos tanta), mas sobretudo é preciso ver mais além, arriscar, não olhar a nomes, idades ou clubes, e sim apostar em que está em melhor forma na altura nem que seja do Alguidares de Baixo HC, e não andar a levar jogadores apenas para servirem de "pinos" (e perdoem-me a expressão) nos treinos, deixando de fora aqueles que num lance de génio, ou num lance de bola parada (e aqui voltamos a estar mal) resolvam a favor de Portugal, para depois não estarmos aqui a fazer textos deste tamanho, a lamentar e a dizer "se tivesse sido assim ou se tivesse sido assado", no entanto penso que estes textos (não digo este propriamente pois é feito por um Paparuco de um blog de trazer por casa), mas outros que li sejam também lidos por quem de direito e interpretados e tiradas ilações para que numa próxima vez os mesmos textos sejam de felicitações pela coragem e ousadia de apostar, e pela classe dos executantes, apelando sempre igualmente à sorte, mas essa também se procura, e não podemos ficar calmos e tranquilos à espera que ela chegue.

Sem comentários: